domingo, 22 de agosto de 2010

Palavras levam-nas o vento






















São palavras soltas
Como tantas outras
São banais e odiosas
Mas, contudo soltas e livres
Como o próprio vento,
Pois foi ele que lhes concedeu
A liberdade de voar e sorrir,
De magoar e de ferir
Quem amamos e quem queremos.
São palavras que nem sempre sentimos
Mas que nos saiem da boca
Como nuvens perdidas
Ao longo da margem de um rio.
Estou cansada. Não consigo,
Estou cansada de falar,
Cansada de ouvir e de escrever.
Simplesmente cansada de existir
Quero ir embora com o vento,
Sair daqui para bem longe
Estou farta de sofrer, de querer sofrer
De te fazer sofrer...
Quero ser livre, livre como o vento
Que ninguém vê, mas que sentem
Pois vêem-me e não me sentem,
Tocam-me e ultrapassam-me...
É assim que estou desde que te perdi,
Porém continuo a amar-te.

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